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Mostrando postagens de agosto, 2009

Jayme Araújo - Teddy Garner - Sax Imortal

Columbia 37146, de 1961 A admiração do sensacional saxofonista Jayme Araújo (irmão do mestre Severino Araújo) pelo não menos sensacional saxofonista ingles Freddy Gardner era tão grande que ele, ainda muito novo, passou a adotar, em 1955, o pseudônimo de Teddy Garner, tocando como solista das mais famosas orquestras de danças do Brasil. Um belo dia a Columbia o convidou para gravar as músicas que ele mais admirava do "mestre" e confiou os arranjos e a batuta ao não menos notável maestro Lyrio Panicali. O resultado é primoroso e Jayme nos mostra toda a sua categoria tocando "standards" como somente um jazzista poderia fazê-lo. 1. Invitation (B. Kaper) 2. Body And Soul (Heyman / Sour / Green) 3. Harlem Nocturne (Hagen) 4. These Foolish Things (Strachey) 5. Look For a Star (M. Antony) 6. I Only Have Eyes For You (Dubin / Warren) 7. An Affair To Remember (H. Warren / H. Adamson / L. McCarey) 8. I'm In The Mood For Love (Fields / McHugh)

Irmãos Araújo - Visita Musical

Polydor LPNG 4044 - 1959 Jaime Araújo / Manoel Araújo / Zé Bodega/ Plinio Araújo/ Orquestra Tabajara Para esta turma aí em cima não vou ousar fazer qualquer comentário! Aproveitem! Faixas: Lado A: 1. Zambê (Geraldo Medeiros / Manoel Araújo) 2. Tua (G. Malgoni / B. Pallesi) 3. Teleguiado (K-Ximbinho) 4. Sonhando (Severino Araújo) 5. Lamento (Djalma Ferreira / Luis Antônio) 6. Um Sax no Morro (Pedro Santos) Lado B: 1. Eso Es El Amor (P. Iglesias) 2. Chega de Saudade (Tom Jobim / Vinicius de Moraes) 3. Till (C. Sigman / C. Danvers) 4. Chorinho do Cacau (Manoel Araújo) 5. Além do Horizonte (Severino Araújo) 6. Estrada do Sol (Tom Jobim / Dolores Duran)   http://www.mediafire.com/?v2tgr3a8o4a6069 Para ouvir agora:

Na batida do samba - Risadinha com Orquestra de Vadico

Seu verdadeiro nome é Francisco Ferraz Netto, mas devido a seu modo jovial de encarar a vida, sempre sorrindo, recebeu o apelido de Risadinha. Nascido em São Paulo, onde começou sua carreira, transferiu-se para o Rio de Janeiro em 1945, tornando-se um dos mais característicos defensores do samba carioca. Várias vezes campeão do Carnaval, como cantor e também como compositor, Risadinha especializou-se no chamado "samba de breque", do qual se tornou um dos melhores intérpretes, ao lado de Moreira da Silva e Jorge Veiga. Faleceu no RJ em 3/6/1976. A orquestra do Vadico, e, principalmente, os seus arranjos são sensacionais. Vamos lá: nas faixas Escurinha, Falsa baiana, Risoleta e Faran-fan-fan Coruja, Walter e Monteiro respondem pelos saxes; Canuto no trompete; o grande Raul de Barros no trombone; Vivi na clarineta; Menezes na guitarra; Vidal no baixo; Trinca na bateria e Mestre Bide e Sebastião na percussão. Nas faixas Conversa de botequim e Minha palhoça temos o M

Garotos da Lua - No mundo da lua

Na árvore genealógica dos grandes conjuntos vocais brasileiros há dois antecessores ilustres: o Bando da Lua e os Anjos do Inferno. Os Garotos da Lua apresentam-se como os descendentes diretos dessa nobre linhagem. Neste seu único LP (sem João Gilberto que gravou com o conjunto dois 78rpm em 1951, ver nas primeiras postagens) o conjunto é integrado por Toninho Botelho, Alvinho, Acyr, Miltinho e Edgardo Luiz. Os tres primeiros, baianos, Miltinho é pernambucano e Edgardo é paulista. Nada a comentar, dissecar etc. Basta ressaltar que a faixa Recordação é a primeira composição gravada de João Donato. É ouvir e gostar muito. Sinter SLP 1072, de 1956 Lado A: Na Baixa do Sapateiro (Ary Barroso) Vou tentar esquecer (Edgardo Luiz) Qui nem giló (Luiz Gonzaga/Humberto Teixeira) Não diga não (Tito Madi/G.Henry) Lado B: Já vai (Duba/Evaldo Ruy) Lá vem a baiana (D. Caymmi) Recordação (João Donato/Edgardo Luiz) Policromia brasileira (Pernambuco)   http://www.mediafire.com/?0dj2bokc

Cartola com a Escola de Samba de Almeidinha - O Divino Cartola

Já que falamos da possível primeira gravação de Cartola no post anterior vamos mostrar outro registro raro: o compacto duplo Mocambo 3087, data da gravação desconhecida mas provavelmente do início dos anos 60. Aqui Cartola canta dois sambas de sua autoria (O sol nascerá e Amor proibido); um samba de Almeidinha (Bobagem) e uma samba de José Caldas e J.R. de Oliveira (Não quebre meu tamborim), acompanhado pela Escola de Samba de Almeidinha (o compositor carioca Anibal Alves de Almeida). http://www.mediafire.com/?x8z3b7drl6j4ge3 Para ouvir agora:

Native Brazilian Music - Leopold Stokowski

Estes dois albuns contendo 4 discos 78 rpm cada, com 17 faixas no total, devem constar entre os mais importantes discos brasileiros em qualquer época, porém, foram lançados apenas...nos USA! A história é relativamente mal conhecida e eu sugiro fortemente a visita a estes dois sites para melhor entende-la: o site da americana Daniella Thompson, uma quase-brasileira pelo seu amor devotado à nossa música está aqui (em português) e o site do jornalista brasileiro, de apenas 26 anos, Aloisio Milani está aqui . Repito, a leitura é fundamental pois vou me ater apenas aos comentários de Ary Vasconcelos das 17 músicas apresentadas nos albuns Columbia C-83 e C-84, lançados nos USA em 1942, sabendo-se que foram registradas mais de quarenta sessões naqueles dias 8 e 9 de agosto de 1940, à bordo do navio SS Uruguay, aportado no Rio de Janeiro. Onde foram parar as outras gravações? Leiam os sites sugeridos pois esta é uma história e tanto! A luta pela descoberta do restante das músicas

K-Ximbinho e seu conjunto - Ritmos e Melodias

Outro disco excelente e raro de K-Ximbinho o Odeon MODB 3039, de 1956. Aqui ele já projetava o amálgama musical entre o choro e o jazz que o tornaria conhecido no Brasil e exterior. Com uma formação peculiar, utilizando piano, vibrafone e acordeon, K-Ximbinho, que atua como clarinetista, faz arranjos e improvisos que considero espetaculares. Embora eu não destaque nenhuma música em particular, cabe ressaltar os arranjos para os temas nacionais "Jura", "Gosto que me enrosco" e o choro de Fon-Fon "Murmurando". Tocados em andamento mais rápido, utilizando uma certa "bossa" e, claro, o ataque jazzistico, ele mantém os elementos tradicionais do choro, como o baixo dos acordes invertidos, ora realizados pelo contrabaixo, ora pelo acordeon, pelo piano ou vibrafone, o que era uma enorme "ousadia" para a época. Imenso K-Ximbinho! Formação: K-Ximbinho (arranjos e clarinete) Leal Britto (piano) Orlando Silveira (acordeon) Scarambone (vibr

Maurílio - Convite para dançar - 1958

Outro grande jazzista, o carioca Maurilio Santos percorreu longo caminho antes de chegar ao seu primeiro disco solo: tocou com Djalminha e Solon Gonçalves, ambos trompetistas, na orquestra do maestro Fon- Fon (vamos ter que falar desse camarada aqui, ele foi importante); com o pianista Lauro Miranda; com o maestro Gaó, juntamente com Pernambuco; e com a internacional orquestra do internacional Simon Boutmann. Depois com Zaccarias; Peruzzi; Moacyr Silva... e, depois deste disco, com os mais variados artistas que voces possam imaginar, de Wilson Simonal a Roberto Carlos, e muitos, muitos outros. Foi contratado da Rede Globo e foi, reconhecidamente, um dos nossos melhores músicos. Deve estar com 85 anos nesta data, não me consta que tenha falecido. Fica aqui nossa sincera homenagem a este notável instrumentista com o seu primeiro solo o RCA Victor BPL 23, de 1958, provavelmente, vejam bem, acompanhado pelos Os Copacabana. Lado A: 1 - Fantasia carioca ( Oswaldo Santiago - Alc

Raul de Barros - O Máximo em Trombone

Com a preciosa ajuda do Sindicato dos Músicos do Rio de Janeiro e a pedido do Ministério da Cultura, em 2001, tive a oportunidade de falar com o mestre Raul. Em Maricá (RJ), onde residia com a sua companheira e, à época, invencíveis 87 anos, ele me contou uma história curiosa que prometi divulgar algum dia e talvez seja este o momento correto. Lembram do famoso "noventa milhões em ação, pra frente Brasil do meu coração"? ufanista hino do Brasil na Copa do Mundo de 1970 cuja autoria seria do grande compositor Miguel Gustavo? Pois é, o velho Raul estava passando pelo Centro, no Rio, e encontrou um desolado Miguel Gustavo. Perguntado sobre o que ocorria, MG disse-lhe que os militares pediram que compusesse uma daquelas músicas que somente ele sabia fazer, que mexesse com a cabeça e a alma dos brasileiros - precisávamos ganhar a Copa, seria uma forma de amenizar o sentimento do povo com a dura realidade do regime vigente. Para os mais novos, e para quem não lembra, o f

J.T. Meirelles - Cool Samba - Battle BM 6123 - 1962

Nada a falar sobre o Meirelles (1940/2008), toda sua imensa obra musical, seja como instrumentista, compositor, arranjador, maestro e tudo o mais que ele fazia com extremo profissionalismo, pode ser facilmente encontrada na internet. Chegamos a nos conhecer. Eu, então gerente da Ag. Cinelandia do Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, comprava os meus discos com os vendedores que ficam ao lado da Biblioteca Nacional e ele era frequentador assíduo. Não lembro quem nos apresentou, creio que o Roberto Quartin, fundador do selo Forma, que também aparecia por lá. Meirelles era tímido (tinha dificuldade para falar) e era uma pessoa dócil, com muitas estórias para contar. Participei do "rachucha" organizado pelos vendedores e fregueses das barracas de discos para a compra de um novo sax. A entrega foi emocionante e me orgulho de ter participado, de alguma forma, do renascimento de um dos nossos maiores músicos. Ouvi muitas estórias contadas por ele nos bares da Lapa (Meirelles nã

O som espetacular da Orquestra de Carlos Piper

Continental SLP 10.008 (1965) Com: Lambari; Carlos Alberto; Waltinho e Baurú (saxofones) Raulzinho; Biu; Ditinho; Arlindo e Iran (trombones) Carlos Piper; Botinão; Felpudo; Oswaldo e Broegas (trompetes) Heraldo do Monte e o mitológico Boneca (guitarras) Dirceu (bateria) Capacete (contrabaixo) Hermes; Nascimento e Zezinho (ritmistas) Faixas Lado A: Nanã (Moacir Santos) Balanço Zona Sul (Tito Madi) Bye bye love (Felix e Boudleoux Bryant) A hard day´s night (Lennon e McCartney) Hava Nagula (dominio publico) 55 days at Pekin (Dimitri Tiomkin) Lado B: The Pink Panther theme (H. Mancini) From Russia with love (Lionel Bart) Consolação (Baden e Vinícius) Aurora (Mario Lago e Roberto Roberti) Perdido (Juan Tizol) Like someone in love (Burke e Van Heusen) O maestro Carlos Piper era argentino radicado no Brasil, deixou vários discos tão bons ou melhores que este aqui (considerado o melhor disco orquestrado de 1965) e faleceu no acidente

Pernambuco - Conversando com o piston

Ayres da Costa Pessoa, o Pernambuco, era irmão do pianista Fats Elpídio. Jazzista de primeira, possuía incontáveis dotes musicais. Tocava piano, órgão e até mesmo essas flautinhas de brinquedo que se encontram nas lojas de R$ 1,99 mas o trompete era o seu predileto. Neste disco, o primeiro à frente de uma grande orquestra e com o repertório que a Polydor escolheu, poucos se arriscariam ousar algo diferente. Pudera, composto por "standards" americanos, mambos e baiões muito em voga na época, quase nada havia mesmo a ser feito. Todavia, Pernambuco sempre achava uma brecha para expor seu virtuosismo. Numa música como Asa Branca, por exemplo, suas improvisações são puxadas para o jazz, dando uma "entortada" na melodia causando efeito imprevisto. Aliás, as improvisações salvam o disco - os arranjos para orquestra são nada além que convencionais e o coro de vozes desconhecidas, involuntariamente, "tenta" estragar tudo - mas as faixas instrumentais são ót

"Fats" Elpídio - O pianista da Boite Vogue do Rio

Tinha apenas quatro anos de idade quando ouvi a música que marcou definitivamente a minha infância: "Os pobres de Paris" executada pelo clarinetista Zaccarias e pelo pianista "Fats" Elpídio num velho 78rpm do meu pai. Que me lembre, nenhuma música anteriormente tinha me causado tanto efeito quanto aquela. O "Fats" sugere uma semelhança física com o pianista e organista americano "Fats" Waller, mas é bom deixar claro que, em termos de dimensão, seja ela física ou artística, nada ficou devendo ao seu xará. Foi, literalmente, um imenso pianista o Elpídio Pessoa, pernambucano de Pau D´Alho, mais um nordestino que contribuiu de forma efetiva para evolução de nossa música brasileira "moderna", juntamente com seu irmão, o trompetista Ayres Pessoa, conhecido como "Pernambuco". Na minha opinião, "Fats" Elpídio e Centopéia foram os melhores pianistas que já ouvi. De Centopéia pouco poderemos falar porque praticamente

2.o Concerto de Jazz de Camera no Teatro Municipal

Dizia Leonard Feather, o famoso crítico de jazz, em seu livro Isto é Jazz: "Toda música tem sua origem plebéia, uma vez que emerge das tradições musicais populares. Os minuetos de Haydn ou Mozart não passam de um polimento dado às rústicas danças germânicas, do mesmo modo que os scherzos de Beethoven, ou as monumentais suites dos compositores russos. A maioria das árias de Verdi filia-se aos cantos primitivos dos pescadores napolitanos. É verdade que uma sombra de indignidade sempre envolveu a música, particularmente o executante de música, porque históricamente falta ao executante a dignidade do compositor. Mas o jazz é quase que somente uma arte do executante dependendo muito mais da sua improvisação e técnica do que da composição" E o que isto significa? É óbvio que, nas palavras de Feather, isto significa que o executante de jazz é, ele próprio, o verdadeiro compositor, o que lhe confere uma condição mais "digna" de criador, considerando que jazz não é prop

Zé Bodega - Um sax no samba

Zé Bodega foi o mais completo sax-tenor brasileiro. Tocou e gravou com K-Ximbinho e até com Tony Bizarro num outro extremo, passando por Raul Seixas, Gil, Erasmo e muitos outros. Neste disco sensacional, onde atua como solista, se faz acompanhar pela Orquestra Tabajara do seu irmão Severino Araújo. As faixas "Água de beber" e "Quero morrer no carnaval" são primorosas, com Zé Bodega improvisando lindamente junto com a guitarra do futuro maestro Waltel Branco, em mais uma amostra do amálgama musical entre o choro (samba, no caso aqui citado) e o jazz. Eram decisões interpretativas de Zé Bodega e o mundo agradece. Continental LPP 3.183, 1961 Músicos: Manoel Araújo, Macaxeira, José Leocádio e Armando Palla (trombones); Hamilton, Formiga, José Barreto e Geraldo Medeiros (trompetes); Cláudio de Luna (piano); Satyro de Almeida (baixo); Plínio Araújo (bateria); Waltel Branco (guitarra); Pedro "Sorongo" Santos, Rubens Bassini, Raul Marques e Jadir Teixeira

Orquestra Tabajara - 12 Chorinhos de Severino Araújo

Falar o que sobre Severino Araújo se tudo já foi dito, escrito, comentado, debatido e dissecado? Apenas lembrar que foi mais um dos nordestinos que, de forma particularmente excepcional, contribuiu para a evolução de nossa música instrumental. Pernambucano, de Limoeiro, Severino é irmão do tenorista Zé Bodega, do trombonista Manoel Araújo, do saxofonista Jaime Araújo e do baterista Plinio Araújo, outra família da pesada. Ao contrário da maioria dos aspirantes a músicos que serviu o Exército para poder aprender a tocar, visto que não tinham recursos para comprar seus instrumentos, Severino teve como mestre seu pai, Sazuzinha, e como influências principais os clarinetistas Benny Goodman e Artie Shaw. Quando serviu o Exército foi como músico de 1a Classe, óbvio. É impressionante imaginar que aos 19 anos tenha composto Espinha de Bacalhau, uma das músicas mais difíceis de ser executada, genial Severino Araújo! Mas, difícil mesmo foi escolher o disco mais representativo, fiquei en

K-Ximbinho e seus Play Boys musicais

Outro grande disco de K-Ximbinho, embora musicalmente menos importante que o anterior, com Zé Bodega, Cipó, Astor, Jorginho e mais uma constelação de craques, além de um "aspirante" a cantor que desconheço. Os arranjos de K-Ximbinho para os naipes de madeiras e metais são "matadores", inspiradissimos e, para variar, com a mesma facilidade que tinha para transitar do choro para jazz, percorria o caminho inverso, deixando-nos com a sensação que a música que ouvimos não tem pátria, bem apropriado, portanto. Os destaques negativos são as duas faixas cantadas, o resto é muito bom. Polydor LPNG 4048 - 1959 As faixas: Lado A: Deixa por minha conta (Cipó); De corazon a corazon (Ruiz/Mendes); Exaltação a Mangueira ( Enéas Brites/Aloisio Costa); Eu quero é sossego (K-Ximbinho); I´ve got you under my skin (em versão cantada - Cole Porter); Carioca 1954 (Ismael Netto) Lado B: Convite ao samba (Gaúcho/Inaldo Villarin); Em meus braços (Almeida Rego/ Irany de Oliveir

Quincas e Os Copacabana - Fim de Semana

O conjunto Os Copacabana se modificou em 1958. Do velho conjunto fundado em 1947 restaram o tenorista Quincas e o pianista Vadico. Jorginho, no sax-alto; Mozart, no trompete; Astor no trombone; Sebastião Marinho no baixo; Julinho na bateria e Gilberto, no pandeiro, são os novos componentes. A voz em Falsa Baiana (Geraldo Pereira) e Ai que saudades da Amélia (Ataulfo Alves e Mário Lago) é do então iniciante cantor Pedrinho Rodrigues. Destaques para as sensacionais versões de Night and Day (Cole Porter), Cherokee (Noble), Só pode ser voce (Noel Rosa e Vadico) e a belissima Paisagem (Astor Silva), mas o disco é excelente e as outras faixas são: A mulher do Bode (Osvaldo de Meneses); Vamos fazer um samba? (Astor Silva); Feierabend (Rixner); Melancholy Rhapsody (Cahn); Singapura ( Quincas) e Atraente (Chiquinha Gonzaga). Discaço com arranjos à la Duke Ellington de Vadico, Astor e Quincas. Odeon MOFB 3024 - 1958 Para baixar / To download (in mono .wav files): http://www.mediafire.c

Ary Barroso - Encontro com Ary - 1956

O Copacabana CLP 3060, de 1956, é disco obrigatório. Contém depoimentos do compositor que canta e se acompanha ao piano. Uma sugestão: ouçam! http://www.mediafire.com/?bkxrd5tmd50ye6n Para ouvir agora:

Os Copacabana - CLP 3015 - 1955

Outro conjunto sensacional formado em 1947 ano em que o presidente Dutra, dentre outros atos arbitrários, fechou a Confederação Geral dos Trabalhadores e os cassinos no Brasil. Dois dos seus integrantes, Quincas e Kuntz Naegele, atuavam na orquestra que se apresentava na boite "Meia Noite" no Copacabana Palace, no Rio de Janeiro. Com o fechamento dos grandes espaços e sem poder atuar, idealizaram um grupo orquestral, cuja forma de instrumentação soasse como uma grande orquestra, permitindo ao mesmo tempo atuar em pequenos ambientes. Estavam, sem saber, dando a senha para outros grupos que futuramente atuariam em espaços mínimos como as boites do Beco das Garrafas quando surgiu a bossa-nova. Histórico e imperdível! Formação : Quincas (sax-tenor); Kuntz (clarinete); Wagner (irmão do Kuntz no trompete); Dálgio (também irmão no trombone); Vadico (piano); Waldir Marinho (baixo); Sut (bateria) e Guará (pandeiro). Faixas: A - Está chegando a hora (Henricão e Rubens Campos

Quinteto de K-Ximbinho - Em ritmo de dança Vol III

Sebastião de Barros ganhou o apelido de K-Ximbinho no tempo em que servia o Exército e se apresentava sempre com o sax-alto. Mas o seu imenso talento não se restringia apenas ao sax, foi clarinetista, arranjador e, principalmente, um grande compositor. O choro e o jazz lhe eram extremamente familiares e a junção dos dois estilos sua marca registrada. É notável a facilidade que os músicos nordestinos tinham para assimilar o jazz (falei disto numa postagem logo abaixo) e explico: o Brasil, durante a Segunda Guerra Mundial, cedeu importantes bases para os americanos que tremiam de medo que o marechal alemão Von Rommel, então sediado na África, atravessasse o Atlantico e os atacasse subindo pelo Brasil. Delírios à parte, o fato é que, Getúlio, em troca de quinquilharia, praticamente cedeu, dentre outras, a cidade de Natal para os americanos. Com o objetivo de "animar" as tropas, vinham diversas orquestras de jazz se apresentar no Brasil. K-Ximbinho não é exceção. Nascido no

Nos requebros do samba - Copacabana CLP 11156

Na capa os artistas Waldir Ribeiro, Mercedes Baptista e as Irmãs Marinho em foto de José Medeiros cedida pela revista "O Cruzeiro". Nos Requebros do Samba foi a primeira compilação de discos 78 rpm feita em LP por uma gravadora no Brasil, no caso a Copacabana, em 1960. O mérito deste disco, além do musical, claro, é histórico. As faixas: O apito no samba (de Luiz Bandeira) com Moacyr Silva e Conjunto (leia-se Chaim Lewak no piano; Jorge Marinho no baixo e Paulinho Magalhães na bateria); Samba de Morro (de Altamiro Carrilho) com a Altamiro Carrilho e seu conjunto; Prá fazer nosso samba (de Vicente Paiva) com Waldir Calmon; Lamento do Morro (de Sivuca) com Sivuca e seu Conjunto; Samba do Teleco-Teco (de João Roberto Kelly) com Abel Ferreira; Samba de Orfeu (de Bonfá e Antonio Maria) com Edú da Gaita; Samba no Arpège (de Waldir Calmon e Luiz Bandeira) com Waldir Calmon; Convite ao Samba (de Inaldo Vilarin e Gaúcho) com Moacyr Silva e seu Conjunto; Samba

Paulo Moura e sua Orquestra de Dança

Sinter - SLP-1743 - 1958 1. Se Alguém Disse (Newton Teixeira / Arnô Canegal / Arnaldo Paes) 2. Dengoso (Guio de Morais) 3. Baião Atrevido (Lindolfo Gaya) 4. Minha Saudade (João Donato) 5. Dorinha Meu Amor (J. F. Freitas) 6. Passarinho da Noite (Nestor Campos) 7. Faceira (Ary Barroso) 8. Saxologia (Vadico) 9. Conceição (Jair Amorim / Dunga) 10. Silk Stop (Donato) 11. Ouça (Maysa) A orquestra de Paulo Moura está assim constituída: Paulo - clarinete e sax-alto; Pedro Luiz e Euclides (sax-alto); Gustavo e Julinho (sax-tenor); Januário (sax-barítono); Norato, Waldemar Moura (irmão do Paulo) e Antonio Bogado (trombones); Darcy, Barriquinha, Ary Magalhães e Paulo Afonso (trompetes); Edison Machado (bateria); Vadico (piano); Bernard (guitarra); Luiz Marinho (baixo) e "Perez Prado" (pandeiro). A orquestra apresenta algumas alterações: Nestor Campos (guitarra) substitui Bernard em alguns números; Astor é o trombonista em Silk Stop; Mozart ataca

Nestor Campos e seu Conjunto de Boite

Nestor Campos foi um dos melhores guitarristas que o Brasil...esqueceu. Os EUA e a Europa, mais espertos, o convocaram imediatamente para compor e gravar importantes discos pelas bandas de lá. Este é o seu segundo disco para o selo Musidisc Hi-Fi 2, em 1957. Não tem erro, é ouvir e gostar muito: com Sivuca no acordeon, K-Ximbinho no clarone, Chuca-Chuca no vibrafone, Zequinha Marinho no piano, Vidal no baixo e Paulinho Magalhães na bateria o "disquinho" de dez polegadas traz preciosidades como Corcovado (Steve Bernard e Nazareno de Brito); Mulher de Malandro (Heitor dos Prazeres); alguns temas bem jazzistícos como If you can dream e Too close to comfort e duas maravilhas compostas pelo próprio Nestor: Passarinho da noite e Ternura, outro disco imperdível!   http://www.mediafire.com/?skz9c529aqh6aq9

Robledo e seu conjunto - Robledo´s Bar

Antonio Rogelio Robledo era pai do nosso querido baixista Lito Robledo. Nascido em Córdoba ("hermano", portanto), veio para o Brasil em 1944 e aqui se estabeleceu. Pianista e compositor extraordinário gravou vários discos com formações as mais diversas. Destaco particularmente o seu primeiro LP, o dez polegadas Columbia LPCB 35005, de 1955. Com Carlos Pés (italiano também radicado no Brasil) na guitarra, Toninho Pinheiro na bateria, Odilon na percussão e Caco Velho no baixo e percussão, Robledo nos legou um discaço. A faixa "Angela", composta em homenagem a sua mulher, antecipa em 15 anos o que Egberto Gismonti e Hermeto Paschoal fariam ou gostariam de ter feito, é sensacional. Mas tem mais: Não diga não; Three coins in the fountain; Love for sale; Stranger in Paradise; Sinceridad; Hey there e Samba no Perroquet completam a seleção. Se cruzarem com ele, comprem, é imperdivel. http://www.mediafire.com/?i8ezh6yrea0sbmb Para ouvir agora: