Dez anos depois, ainda precisamos ouvir com atenção
Em 2015, quando registrei a última postagem neste blog, o vinil já ensaiava sua volta, os podcasts estavam engatinhando, e o YouTube era ainda um lugar onde se descobria um tesouro ou outro, perdido entre vídeos de gatos e versões mal gravadas de clássicos. O Spotify já existia — mas ainda soava como novidade.
E está tudo bem. Mas algo se perdeu no caminho.
Se em 2015 este blog era uma tentativa de dar voz aos discos esquecidos — às vozes abafadas pelo tempo e pela poeira —, agora ele se transforma, ou talvez apenas se revela por inteiro: um espaço de escuta mais lenta, mais crítica, mais pessoal. Um espaço onde as ideias possam girar no tempo de 33 rotações por minuto.
📻 De um canal de resgates sonoros para um caderno cultural pessoal
O Vinyl Maniac continua sendo um espaço para celebrar os LPs, os compactos, os encartes, os chiados, e os artistas que o algoritmo não te mostra.
📚 Por que manter um blog em 2025?
Sim, há newsletters. Sim, há canais. Sim, há lives. Mas ainda há algo precioso na palavra escrita com calma, sem a pressão do feed, sem o limite de caracteres. O blog continua sendo um dos poucos lugares onde podemos construir uma biblioteca pessoal pública.
Aqui você vai encontrar:
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Ensaios sobre músicas que merecem ser ouvidas com o corpo inteiro
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Crônicas sobre livros que não aparecem nos rankings
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Reflexões sobre filmes que talvez ninguém mais alugue, até porque as saudosas locadoras não mais existem, mas que ainda moram na cabeça
E tudo isso com o mesmo espírito que nos faz virar o lado do disco antes que acabe o silêncio.