Tinha apenas quatro anos de idade quando ouvi a música que marcou definitivamente a minha infância: "Os pobres de Paris" executada pelo clarinetista Zaccarias e pelo pianista "Fats" Elpídio num velho 78rpm do meu pai. Que me lembre, nenhuma música anteriormente tinha me causado tanto efeito quanto aquela.
O "Fats" sugere uma semelhança física com o pianista e organista americano "Fats" Waller, mas é bom deixar claro que, em termos de dimensão, seja ela física ou artística, nada ficou devendo ao seu xará. Foi, literalmente, um imenso pianista o Elpídio Pessoa, pernambucano de Pau D´Alho, mais um nordestino que contribuiu de forma efetiva para evolução de nossa música brasileira "moderna", juntamente com seu irmão, o trompetista Ayres Pessoa, conhecido como "Pernambuco".
Na minha opinião, "Fats" Elpídio e Centopéia foram os melhores pianistas que já ouvi. De Centopéia pouco poderemos falar porque praticamente não existe nenhum registro gravado, o que tenho conhecimento foi escutado mediante velhas fitas de gravadores de rôlo, mas o apelido, os comentários que ouço, confirmam que se tratava de um gênio. O crítico musical Jose Domigos Raffaelli me falou, há alguns anos, que possuia fitas gravadas com o Centopéia, estavam se esfarelando de tão velhas e bem guardadas, espero que o Rafa tenha conseguido transformar em música audível. Por estas razões, vamos ficar com "Fats", o melhor pianista e jazzista brasileiro dos anos 50/60 já que Chaim Lewak, imbatível, também na minha opinião, nasceu em Israel, e aí não vale.
Este é o seu primeiro registro solo em LP, selo Radio 0031-V, de 1955. De cara ele detona um tema que o projetaria muitos anos à frente de sua época: "Salve Ogum" do seu irmão Pernambuco e Mario Rossi. Uma música bem ao estilo de Ary Barroso ou Denis Brean, se transforma, nas mãos de Elpídio, numa grande peça afro-jazzistica, se bem me fiz entender, é sensacional!
As demais músicas: Torna Sorriento (Curtis); Chega Mais (Pernambuco e Marino Pinto); Curare (Bororó) em outra incrível versão; La Vie en Rose (Louiguy e Edith Piaf); Porque cantam os passarinhos (Peterpan e Ary Monteiro); Manhoso (Zaccarias) e Guacyra (Hekel Tavares). Achou? Compre!
O "Fats" sugere uma semelhança física com o pianista e organista americano "Fats" Waller, mas é bom deixar claro que, em termos de dimensão, seja ela física ou artística, nada ficou devendo ao seu xará. Foi, literalmente, um imenso pianista o Elpídio Pessoa, pernambucano de Pau D´Alho, mais um nordestino que contribuiu de forma efetiva para evolução de nossa música brasileira "moderna", juntamente com seu irmão, o trompetista Ayres Pessoa, conhecido como "Pernambuco".
Na minha opinião, "Fats" Elpídio e Centopéia foram os melhores pianistas que já ouvi. De Centopéia pouco poderemos falar porque praticamente não existe nenhum registro gravado, o que tenho conhecimento foi escutado mediante velhas fitas de gravadores de rôlo, mas o apelido, os comentários que ouço, confirmam que se tratava de um gênio. O crítico musical Jose Domigos Raffaelli me falou, há alguns anos, que possuia fitas gravadas com o Centopéia, estavam se esfarelando de tão velhas e bem guardadas, espero que o Rafa tenha conseguido transformar em música audível. Por estas razões, vamos ficar com "Fats", o melhor pianista e jazzista brasileiro dos anos 50/60 já que Chaim Lewak, imbatível, também na minha opinião, nasceu em Israel, e aí não vale.
Este é o seu primeiro registro solo em LP, selo Radio 0031-V, de 1955. De cara ele detona um tema que o projetaria muitos anos à frente de sua época: "Salve Ogum" do seu irmão Pernambuco e Mario Rossi. Uma música bem ao estilo de Ary Barroso ou Denis Brean, se transforma, nas mãos de Elpídio, numa grande peça afro-jazzistica, se bem me fiz entender, é sensacional!
As demais músicas: Torna Sorriento (Curtis); Chega Mais (Pernambuco e Marino Pinto); Curare (Bororó) em outra incrível versão; La Vie en Rose (Louiguy e Edith Piaf); Porque cantam os passarinhos (Peterpan e Ary Monteiro); Manhoso (Zaccarias) e Guacyra (Hekel Tavares). Achou? Compre!
Comentários
Tudo de bom.
Queria baixar este disco mas não encontro o link. Você chegou a digitalizá-lo?
Já agora aproveito para perguntar uma coisa, ainda que não se relacione diretamente com a época que costuma publicar no seu blog: como deve saber, Leny Andrade e Pery Ribeiro têm dois discos ("Show da boate Porao 73" e "Gemini V en Mexico") com os Bossa Três, num projeto chamado 'Gemini V'. Existe outro disco ("Gemini cinco anos depois"), gravado ao vivo, constando na capa como sendo de Leny Andrade e Pery Ribeiro, sem mencionar a presença dos Bossa Três. Como não encontro esta informação disponível em sítio algum, pergunto: sabe se os Bossa Três participaram nesta última gravação?
Desde já obrigado