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Mostrando postagens de setembro, 2009

Gaúcho e seu Trio - Sambas e Boleros

Philips P 630.438 L, 1961 Existe pouca informação na internet acerca de Auro Pedro Tomaz, o Gaúcho. Na minha opinião ele forma, juntamente com Chiquinho e Orlando Silveira, o trio de ouro da música instrumental brasileira tocada no acordeon. Natural de Santo Angelo, começou tocando banjo, que era um dos instrumentos "da moda", em 1942, no conjunto orquestral de seu pai, o Jazz Elite. De Santo Angelo foi para Porto Alegre onde atuou durante tres anos na Rádio Gaúcha, formando no "Conjunto de Paraná" e na Orquestra Típica da Rádio. Comentei, em outra postagem, que os músicos nordestinos ingressavam nas forças armadas para tocar, visto que não tinham dinheiro para comprar os instrumentos, via de regra. Mas com Gaúcho não foi diferente. Naquela altura, já um virtuose no acordeon, ingressou na Aeronáutica ocupando o posto de sargento-músico, transferindo-se para Recife quando foi participar da inauguração da Rádio Tamandaré, como

Bola Sete - Ritmolandia

Odeon MOFB 3065, de 1959 Djalma de Andrade era o seu nome. A música sua vida. Este, seguramente, não é o seu melhor disco, mas é um dos mais raros. Com sua guitarra Epiphone em punho, Bola desfia seu estilo peculiar numa série de sucessos da época. Destaque para as músicas de Ary Barroso, um de seus compositores preferidos. Poderia ficar horas escrevendo sobre Bola Sete, mas existe muita informação disponível na internet. Deixo com voces, para eventual pesquisa, o site oficial que é dirigido por sua viúva, Anna Sete. Se quiserem trocar emails com ela, não se façam de rogados, ela adora conversar com brasileiros. Seu conhecimento da carreira do Bola nos USA, a partir de 1959, é total. No que diz respeito ao Brasil ela tem dúvidas e, às vezes, trocamos correspondência quando necessitamos dirimir alguma: www.bolasete.com A curiosa capa é obra de dois mestres: César Vilella e Chico Pereira. A arte gráfica do lado direito da foto é sensacional e m

Viva São Jorge - Os Cariocas

Columbia LPCB 22001, de 1956 Esta postagem ficaria muito óbvia se fosse hoje dia 23 de abril, quando se comemoram as festas do santo guerreiro. Um disco raro e curioso este aqui. Não encontrei nenhuma informação sobre os músicos que compõem a orquestra de Severino Filho, muito menos sobre o côro. A dedução que se trata de Os Cariocas é minha, mas é muito improvável que não seja a sua segunda formação, com a entrada de Hortencia Silva, irmã de Severino no lugar do também irmão, Ismael Neto, falecido precocemente em 1956, com produção de Roberto Corte Real para o selo Columbia, depois CBS. O disco é ótimo, incluindo uma pouco conhecida gravação da "macumba" de J.B. de Carvalho - Salve Ogum - valendo ressaltar que a capa foi "Gentilmente cedida pelo Frigorífico Wilson do Brasil S.A.". Melhor impossível... Aproveitem! 1.  Vinte e Três de Abril     (Ari Monteiro / Roberto Martins)     Samba-canção 2.  Espada de São Jor

Moacyr Marques - No Balanço do Samba

Anteontem, 01 de setembro, Biju, ou Bijou, completou 82 anos de idade. Eu pensei escrever muita coisa sobre este extraordinário músico. Pensei que poderia começar sobre a diferente grafia do seu nome ou talvez sobre a diferente grafia do seu apelido, mas nada disto importa.   Marcelo Einsenhower de Farias, um batalhador invencível na divulgação da obra de Bijou, ontem me mandou um email contando sobre a dificuldade para encontrar os herdeiros do selo Tiger, que pertencia ao maestro Guio de Moraes, tentando, por enquanto sem sucesso, lançar o disco "Jazz&Bossa Nova", uma obra prima, mas, ao mesmo tempo, da felicidade obtida em presentear nosso insosso mercado de música instrumental com o CD do mestre, "Sexteto Brasil Concerto". Então, sem maiores delongas, vamos ao link do site do Marcelo onde voces poderão descobrir tudo sobre este importante músico e adquirir o CD: Bijou - Sexteto Brasil Concerto Aqui é o Albatroz LPA 6507, de 1961 Co