Ed Maciel e seus Cariocas Serenaders - Na cadência do samba

Sinter - SLP 1719 - 1957

Primeiro disco do Edmundo Maciel (não confundir com seu irmão Edson, também trombonista) com os seus Cariocas Serenaders. E quem são eles? Vamos lá:
Julinho Barbosa no trompete; Bijou no sax-tenor; Paulo Moura no sax-alto e clarinete; Aderbal Moreira no sax-barítono; Chaim Lewak no piano; Paulinho Magalhães na bateria; Malagutte no baixo e Elias no pandeiro. Timaço!

Edmundo Maciel, ou Ed Maciel, é um nome fácil de ser encontrado na internet (Google nele) mas devo dizer que foi um dos maiores e mais requesitados músicos brasileiros. Teve formação erudita e foi trombonista da Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, tocou com praticamente todos os grandes nomes da MPB - impossível citar todos eles - de Ary Barroso a Marco Antonio Araújo, numa vertente mais progressista, nos dá uma boa noção de quem é Ed Maciel.

Neste seu primeiro LP, que conta com arranjos de K-Ximbinho, Astor Silva, Maestro Pachequinho, Julinho Barbosa e Darcy Barbosa, Maciel deita e rola. Chamo atenção em especial para o lindo choro de Gaúcho (Um chorinho diferente) com uma sensacional performance de Paulo Moura no clarinete. É ouvir e gostar muito!

Aproveitem!

1. Confiança
(Alcebíades Nogueira / Luis de França)

2. Na Cadência do Samba
(Luis Bandeira)

3. Sal e Pimenta
(Newton Ramalho / Nazareno de Brito)

4. Saudade da Bahia
(Dorival Caymmi)

5. O Apito no Samba
(Luis Bandeira)

6. Não Tem Solução
(Dorival Caymmi / Carlos Guinle)

7. Se Você Jurar
(Ismael Silva / Nilton Bastos / Francisco Alves)
Helena Helena
(Antônio Almeida / Constantino Silva "Secundino")
Não Me Digas Adeus
(Paquito / Luis Soberano / João Correia da Silva)
Vai Amor
(Zé da Zilda / Zilda do Zé / Adolfo Macedo / Airton Borges)
Está Chegando a Hora
(Rubens Campos / Henricão)

8. Um Chorinho Diferente
(Gaúcho)

9. Maracatuca
(Geraldo Medeiros / Jorge Tavares)

10. Mulher Rendeira
(Tradicional)


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Mario Gennari Filho - Ritmos Dançantes (com Garoto)

Odeon LDS 3003, 1954

Atendendo ao pedido do amigo Jorge França aqui está um disco do paulista Mario Gennari Filho (1929/1989). Embora seu estilo "duro" de tocar não tenha o mesmo brilho de um Gaúcho ou de um Chiquinho, convenhamos que na época em que ele surgiu para o mundo musical os baiões imperavam. E ele foi um verdadeiro mestre nesta área.

Além do acordeon, Mário também tocava violão e piano, dentre outros. Aqui se faz acompanhar do gênio Garoto na guitarra havaiana, instrumento que ele também dominava. Esta é uma grande curiosidade deste disco. As músicas foram muito bem escolhidas e a bolacha gira "redonda", sem grandes sustos. Cabe registrar que a faixa Casinha na colina é de autoria do meu tio-avô Pedro de Sá Pereira, mais conhecido pelo seu sucesso maior que foi Chuá, chuá, em parceria com o grande Ari Pavão. Chuá, chuá também foi gravada por Mario, em 1951.

Mas acredito que o compositor Mario foi maior que o instrumentista. São dezenas e dezenas de sucessos, dentre eles o famoso Baião Caçula, talvez o maior de todos, e isto já bastaria para que o colocássemos no panteão dos maiorais. Para termos noção da popularidade de Baião Caçula basta citar que, literalmente, todas as grandes orquestras do mundo pelo menos uma vez o gravaram, sempre com muita aceitação pelo público. Não é pouca coisa!

Aproveitem!

1. Ta-Hi
(Joubert de Carvalho / Olegário Mariano)

2. Velho romance
(Merio Gennari Filho)

3. Maringá
(Joubert de Carvalho)

4. Baião Caçula
(Mario Gennari Filho)

5. De papo pro ar
(Joubert de Carvalho / Olegário Mariano)

6. Zingara
(Joubert de Carvalho)

7. Casinha da colina
(Luiz Peixoto / Pedro de Sá Pereira)

8. Garota
(Mario Gennari Filho)






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Quincas e Os Copacabanas - Odeon MOFB 3024

Odeon MOFB 3024 1958 - Repostagem

O conjunto Os Copacabana se modificou em 1958. Do velho conjunto fundado em 1947 restaram o tenorista Quincas e o pianista Vadico. Jorginho, no sax-alto; Mozart, no trompete; Astor no trombone; Sebastião Marinho no baixo; Julinho na bateria e Gilberto, no pandeiro, são os novos componentes. A voz em Falsa Baiana (Geraldo Pereira) e Ai que saudades da Amélia (Ataulfo Alves e Mário Lago) é do então iniciante cantor Pedrinho Rodrigues.

Destaques para as sensacionais versões de Night and Day (Cole Porter), Cherokee (Noble), Só pode ser voce (Noel Rosa e Vadico) e a belissima Paisagem (Astor Silva), mas o disco é excelente e as outras faixas são: A mulher do Bode (Osvaldo de Meneses); Vamos fazer um samba? (Astor Silva); Feierabend (Rixner); Melancholy Rhapsody (Cahn); Singapura ( Quincas) e Atraente (Chiquinha Gonzaga). Discaço com arranjos à la Duke Ellington de Vadico, Astor e Quincas.

Aproveitem!

1. Falsa Baiana
(Geraldo Pereira)

2. A Mulher do Bode
(Osvaldo C. de Menezes)

3. Night And Day
(Cole Porter)

4. Só Pode Ser Você
(Noel Rosa / Vadico)

5. Cherokee
(R. Noble)

6. Paisagem
(Astor Silva)

7. Vamos Fazer Um Samba
(Astor Silva)

8. Feirabend
(J. Rixner)

9. Melancholy Rhapsody
(Heidors / Cahn)

10. Ai Que Saudades da Amélia
(Ataulfo Alves / Mário Lago)

11. Singapura
(Quincas)

12. Atraente
(Chiquinha Gonzaga)



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